domingo, 21 de junho de 2015

Liturgia Diária

12º Domingo Comum - 21/06/2015
Primeira Leitura (Jó 38,1.8-11)
Leitura do Livro de Jó:
1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse:
8“Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas?’”
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 106)
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,/ porque eterna é a sua misericórdia!
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,/ porque eterna é a sua misericórdia!
— Os que sulcam o alto-mar com seus navios,/ para ir comerciar nas grandes águas,/ testemunharam os prodígios do Senhor/ e as suas maravilhas no alto-mar.
— Ele ordenou, e levantou-se o furacão,/ arremessando grandes ondas para o alto;/ aos céus subiam e desciam aos abismos,/ seus corações desfaleciam de pavor. — Mas gritaram ao Senhor na aflição,/ e ele os libertou daquela angústia./ Transformou a tempestade em bonança,/ e as ondas do oceano se calaram. — Alegraram-se ao ver o mar tranquilo,/ e ao porto desejado os conduziu./ Agradeçam ao Senhor por seu amor/ e por suas maravilhas entre os homens!
Segunda Leitura (2Cor 5,14-17)
Leitura da Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Anúncio do Evangelho (Mc 4,35-41)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”
36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
HOMILIA DIÁRIA
Peçamos a Deus o espírito da serenidade A serenidade traz luz, traz paz, nos mostra a direção correta. Por isso, quando o tormento e os problemas baterem à nossa porta, precisamos clamar a Deus que nos dê o espírito de serenidade.
“Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’” (Marcos 4, 39).
O mar estava muito agitado e os discípulos estavam na barca com Jesus; no meio daquele mar, de repente, veio uma grande tormenta que lançava ondas dentro da barca, enchendo-a de água e, se permanecesse daquela forma, logo ela iria afundar. Enquanto alguns ficam desesperados, os discípulos vão acordar o Senhor, dizendo-Lhe: “Mestre, o Senhor não se preocupa conosco?”. A pergunta deles é a de muitos de nós quando vemos o mar da nossa vida agitado, quando vemos que muitas coisas estão nos perturbando, quando os problemas batem à nossa porta e perdemos a paz interior. Como ocorreu com eles, quando enfrentamos diversas tormentas nesta vida, nós também perguntamos a Deus: “O Senhor não se importa comigo? O Senhor não se importa com a minha situação? O Senhor não se importa com a minha vida que está perecendo?“. O Mestre nos olha de forma silenciosa, amorosa, não por sinal de desprezo nem por falta de cuidado, muito menos por falta de atenção de Deus para conosco. Ao fazer isso é como se nos dissesse que a nossa perturbação e a nossa falta de Deus, de paz e de tranquilidade não resolvem os problemas. O que resolve é a paz, a confiança e a fé, envoltas na profunda serenidade. A serenidade traz luz, paz e nos mostra a direção correta que devemos seguir e os passos que devemos dar. Por isso quando o tormento bater à nossa porta, quando os problemas efervescerem do nosso lado, precisamos clamar a Deus que nos dê o espírito de serenidade. Primeiramente para combater as ondas fortes e para conter o mar agitado que se avoluma dentro do nosso próprio coração, por meio dos quais vêm interrogações, questionamentos, receios, temores e uma onda de coisas negativas que se agitam dentro de nós. Precisamos pedir ao Mestre que faça algo em nós. E aquilo que Ele mesmo ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!”, Ele está ordenando a tudo aquilo que se agita dentro do nosso coração e do nosso interior. É preciso essa audácia, repleta de fé, de dizer para os tormentos, para os problemas e para tudo aquilo que agita o nosso coração: “Silêncio! Acalma-te! Silêncio! É Deus que está em mim! É Ele quem reina no meu coração!”. Sabem, meus irmãos, nós precisamos muito dessa paz interior para poder resolver os problemas da vida! Os mares vão sempre se agitar, as ondas vão subir, mas não vamos sucumbir se colocarmos no Senhor a nossa confiança e fazermos da serenidade e da fé as armas de combate contra os males que querem tirar a nossa paz interior!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo


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